A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas

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terça-feira, 6 de março de 2012

Dança do ventre, Vinhedo, 2012 - Fallahi

Adulation, adulation, adulation...

     
Quanto mais eu fuço, mais sarna eu arrumo pra me coçar. Saudades daqueles dois anos que passei longe de uma tentação chamada internet... mas é que tem dia que de noite é foda!
E hoje, especialmente hoje,  preciso demonstrar  minha eterna insatisfação e constante desapontamento com as bajuladoras de plantão. Bailarinas profissionais e amadoras que confundem admiração e apreço pela qualidade artística com adulação desenfreada. Gente que assume lugar em meio à mediocridade ao colocar no pedestal fadas e ninfas criadas pela sua própria imaginação e alimentadas pela sua vassalagem.  Quanta pobreza de espírito, my Lord!
Gostaria muito, mas muito mesmo, que um dia todas as praticantes de Dança do Ventre deixassem de crer estar aquém de mulheres que foram endeusadas pelo povo (povo? Ou por nós, bailarinas?) porque, assim como a Mahavilhosa e a Ninfa, todas nós estudamos e ralamos feito camelas para conquistar um lugarzinho nesse mundeco.
Peço, encarecidamente, que antes de supervalorizar o trabalho alheio, megavalorize o seu, querida colega belly dancer. Lembre-se que muitas vezes a princesa que você deseja coroar rainha só vai descer do trono para receber o pagamento. Esquecer de sua existência, pobre plebeia, é fácil assim, ó.
E ainda ouso dizer: quanto mais alto você faz alguém subir, mais embaixo você fica. Considerando a máxima “ o sol brilha para todos “ (ai, como odeio frase feita!), colocar uma pessoa no pedestal é tirar de você mesma a chance de estar lá.
"Mas a desgramada é boa e os bons merecem ser reconhecidos!" Ahã, ahã, é você é o quê? Por que você "num" tá lá, então, com a bonita de adulando, levando-se em conta que existe a possibilidade de você ser tão boa quanto ela? 
Estar "ali", lado a lado com a sua "ídola" é, sobretudo, uma questão de esperteza e amor-próprio.
Quer um bom exemplo disso? Ao invés de contratar uma bailarina da moda para dar um workshop de Shaabi  para suas alunas, por quê você mesma não se especializa e oferece o curso em sua escola? 
Dê à seu trabalho a importância que ele merece. Os méritos sempre serão seus.
E antes que alguém diga que meu humor é péssimo ou que a dor-de-cotovelo me consome, saibam que sou uma profissional extremamente ciente de minha competência e de meu talento. Nunca precisei ter uma orla de súditos a meus pés para reafirmar uma necessidade infantil de ser a melhor no que faço.
Lamento o post azedo, mas tenho como obrigação de ser pensante alertar as novatas que cuidem para que a massa cinzenta a qual chamamos carinhosamente de cérebro não passe do estado sólido para o líquido.

PS: A Ninfa, a Mahavilhosa, a Deusa, a Incrível, e todas as outras cujos fãs apelidam carinhosamente, são eternas fontes de referência em meus estudos diários. 
Bailarinas. 
De carne e osso.
Deu para entender?

Bjunda 
Katia Fallahi

3 comentários:

  1. Recado dado. E muito bem dado!

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  2. Katia

    concordo parcialmente. No geral, as pessoas que estão no trono, são boas de verdade. E a chance do número de fãs ser grande só aumenta a chance de encontrarmos pessoas idiotas, fãs cegos, que os impedem de enxergar outras pessoas.

    Agora, apesar de saber que existem pessoas também muito boas, não necessariamente elas chegarão ao trono. Eu estou doida para sentar com calma e escrever um post exatamente sobre isso, mas estou sem tempo nenhum.

    Beijos, adoro seu blog.

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  3. Acho que aí está meu problema: não acho, na real, que exista trono algum...

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