A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas

A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Youtube e a DV



Recentemente andei acompanhando em alguns blogs depoimentos de bailarinas conhecidas em nosso meio e não pude deixar de notar como elas são claras a respeito da satisfação que sentem com o resultado de terem seus trabalhos expostos na internet através do Youtube.
Até certo ponto, não posso deixar de concordar; a internet, por enquanto, foi e é nosso melhor meio de propaganda de divulgação da escola. É rápido e atinge um número maior de pessoas.
No entanto, após muito blábláblá, é impossível não chegar  a conclusão de que certas coisas podem funcionar tanto para o bem quanto para o mal. Sejamos honestos: qualquer zé das couves pode colocar o que bem entende na rede graças a liberdade que ela proporciona ao internauta de publicar o seu “trabalho” ou aquilo que ele considera bom o suficiente (ou tosco o suficiente) para ser visto por número x de pessoas. Não existe critério algum de seleção, da mesma forma que o público leigo também não possui critérios culturais para distinguir o certo do errado.
E, claro, a Dança do Ventre não ficou fora disso.
No meio de coisas bacanas, encontramos uma enxurrada de porcaria, o que nos leva a crer que a ideia de que o youtube é um excelente veículo de divulgação (associada a falta de espelho em casa) leva muita gente a colocar na rede o que eu chamaria de “trash belly dance”. Porque não dá para encontrar outra expressão que defina tão bem o que ando vendo por aí: filme de terror daqueles B.
Percebo que certos “padrões de qualidade” em dança foram pro ralo: roupas que vieram de brinde no Kinder Ovo, péssima escolha de música, falta de conhecimento ritmico e técnico, entre tantas outras coisas explodem no Youtube na mesma velocidade com que bailarinas bacanas expõem seus trabalhos na net. E o que é pior: já vi inúmeros casos onde os vídeos ruins de chorar possuem um número maior de acessos do que vídeos de qualidade.
Para nós, profissionais, resta lamentar. Afinal, colocar “dança do ventre” como palavra-chave na pesquisa do google e dar de cara com a menina que se enrolou na cortina dançando na sala ou com a Shakira é realmente de doer.
E viva o Youtube!

Por Beth Fallahi