A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas

A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas
Sejam bem vindos!
Aqui é um espaço dedicado à todos os seres pensantes do mundo belly dancer.
Leiam, discutam e compartilhem!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

À todas as profissionais em Dança do Ventre, um recado de Ano Novo



Para alguma coisa o Facebook tem que servir nessa vida! Se a gente fuçar direitinho, dá para tirar proveito de muita coisa legal (e útil). A página da Cris Farah é super bacana e é de lá que tiro a pérola aí de cima.
E é por isso que hoje, desejo um Feliz Ano Novo e muito, mas muito sucesso meeeeesmo àquelas que, mal ou bem, aprenderam a dançar com a gente aqui do Fallahi e que, por medo de serem associadas a nós e perderem o pouco espaço que conquistaram (afinal, nossos talento, competência e reconhecimento são indiscutíveis), preferiram esquecer que por aqui um dia passaram.
À vocês, que hoje se consideram profissionais em Dança do Ventre e que se criaram com professoras que não constam em seus currículos, um ano novo repleto de realizações e conquistas baseadas nos frutos que vocês plantaram. 
Que todas as bailarinas deste Brasil afora repensem seus atos e devam reconhecimento à quem as transformou (ou tentou) em bailarinas.
E lembrem-se: aquilo que vocês são como bailarinas vêm de berço, ou seja, suas raízes estão no lugar onde vocês aprenderam a executar seu primeiro básico egípcio.
Gostem vocês ou não.

Happy New Year!!!






quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dança do Ventre e Tribal - Vinhedo - 2013

Talento, competência e seriedade: qualidades imprescindíveis em uma bailarina!










sábado, 8 de dezembro de 2012

Dança do Ventre e Tribal - Vinhedo - 2013

Juliet Fallahi e Camila Fallahi - as primeiras participantes do sorteio da roupa de Dança do Ventre!



By Studio Fallahi

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dança do Ventre e Tribal - Vinhedo - 2013

Galera!

O Fallahi Belly Dance está organizando um sorteio que vale uma roupa de Dança do Ventre no valor de 500 reais. Estamos recebendo muitas mensagens de pessoas de outras escolas e lugares diversos interessadas no sorteio. Gente: TODO MUNDO ESTÁ LIBERADO PARA PARTICIPAR, inclusive ex-alunas!!! Uhu!!! 
Quem quiser concorrer deve enviar uma foto com trajes de dança para fazermos a arte com o logo da escola. Esta foto deverá ser colocada na capa da sua linha do tempo do Facebook dia 01 de Janeiro de 2013 e por lá permanecer durante um ano. Quem não tiver roupa e for daqui de pertinho, pode marcar um horário conosco que fazemos a produção aqui na escola mesmo.
Se você se cansar da foto, não se preocupe: deixaremos 3 ou 4 fotos diferentes para troca.
Boa sorte à todos!



Importante: a roupa será feita sob medida de acordo com o gosto da ganhadora!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dança do Ventre - Vinhedo - Fallahi Belly Dance

Ampliando horizontes

Não somos bailarinas avulsas, que promovem o corpo e uma dança mais ou menos em benefício próprio. Somos uma escola. Nossa melhor propaganda são nossas alunas e é somente para elas que trabalhamos.


Agora o Fallahi Belly Dance tornou-se uma compania de dança dividida em dois grupos: Fallahi Belly Dance, que promove a Raks Shark (Dança do Ventre) e o Fallahi Bollywood Dance, criado por Beth Fallahi (proprietária da escola) com o intuito de divulgar o estilo tribal e a fusão entre a Dança do Ventre e outros estilos de dança.
Estamos trabalhando duro mesmo para mostrar um trabalho não somente diferente mas moderno, bonito e conectado às tendências da dança oriental hoje.
Confesso que não é fácil. Estamos dando início a uma nova jornada de mais estudo e muita dedicação.
Beth Fallahi, criadora do grupo, além do prévio conhecimento em dança indiana começa uma nova trajetória rumo ao complexo mundo tribal com a bailarina Rebeca Pinheiro, proprietária do Campo das Tribos, escola referência em Dança Tribal no Brasil.
O Fallahi Belly Dance convida todos a acompanharem nosso trabalho em nossos blogs, nas redes sociais e, se Deus quiser, ao vivo loguinho!

Beijos à todos!!!


domingo, 4 de novembro de 2012

Aulas de Dança do Ventre em Vinhedo - novidades para 2013


Fallahi Belly Dance – Bollywood – Vinhedo
A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região
Venha fazer parte desta equipe
Matrículas abertas para 2013
Dança do Ventre – Fusão – Estilo Tribal


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dança do ventre, nosso grupo estreante: Fallahi Bollywood - Tribal Dance - Fusion (muito nervosas por sinal), música ao vivo com nossa cantora igualmente estreante, amigos de todas as partes. Vai ser uma festa, não percam.


DV...

A ARTE NOS "MUQUIFO"

Li um depoimento muito triste de uma bailarina conhecida no meio da dança árabe sobre a desvalorização do trabalho dela (não vou me reter a nomes).
Hoje, aulas de dança do ventre são ministradas por qualquer pessoa (vamos dizer assim): "amiga do meu tio fez aulinhas ali na praça enquanto as pessoas tiravam documentos de graça e ainda comprou uma roupinha de lantejoulas"... "Ah, a bailarina é profissa"! Claro, porque o dono de qualquer escolinha de violão e guitarra ou a proprietária de uma clínica de estética qualquer tem uma amiguinha "bailarina" para ensinar uns passinhos e tentar aumentar sua clientela.
Percebe-se que muitos ainda pensam que basta ter um corpinho bonitinho e fazer propagandinha para ser considerada "profissa" na dança do ventre.
Graças a isso, o mercado das "sem noção" cresce numa avalanche sem igual.
Tento divulgar o trabalho de profissionais realmente talentosos espalhados pelo Brasil afora, mas é muito difícil quando certas pessoas não entendem isso.
Então não divulgue o seu "trabalhinho" na minha página, aqui só ficam pessoas cujo trabalho eu conheço, profissionais de verdade num mercado tão difícil de ser valorizado, especialmente quando ainda existe gente que  acredita que "qualquer rebolado com brilho tá bom".
Beth Fallahi

sábado, 27 de outubro de 2012

Critérios mal estabelecidos ou falta de conhecimento real?


                                         Quais critérios você usou para estudar Dança do Ventre?

Quando eu "Elizabeth" fui aprender a dança, eu estudava na PUC-Campinas, vi uma apresentação de DV no parque do Taquaral e minha filha Katia achou interessante. Na época eu estudava Biodança e fiz a seguinte proposta pra ela: só vamos estudar essa dança se for com profissionais no ramo. Na época, eu já sabia dos riscos para a saúde se ela não fosse bem aplicada, e eu também queria aprender a cultura real, sem o circo de "a DV nasceu no Egito". Meu estômago já virou por causa dessa história várias vezes. Enfim, fui fazer aula com uma bailarina árabe em São Paulo e olha minha gente.... sem comentários.
           Hoje infelizmente o que mais ouço em Vinhedo:
- vou fazer dv na prefeitura porque é de graça, e é tudo a mesma coisa;
- vou fazer aula com a minha amiga porque ela é minha amiga;
- vou fazer aula com quem estudou dança na faculdade porque ela é formada: ??????????
- vou fazer aula com fulana e ciclana porque elas são magras e novas?????????????
- coloco o vídeo da minha professora no Youtube para ajudar ela;
           Fora outras coisas medonhas que vocês minhas leitoras ouvem (ouvem e nem acreditam que alguém pode se animar de se apresentar na pracinha da cidade, fazendo a alegria de "transeuntes" que ficam felizes com o brilho da suas lantejoulas e sua saia transparente que mal cobrem o calcanhar mostrando suas pernas abertas e sua dança sem técnica nenhuma).
           Mas graças á mulheres que divulgam e lutam dia a dia para manter "um certo" respeito na DV, (poderia citar vários nomes, mas acabaria sendo injusta se não citasse alguns), a dança não sucumbe com tanta falta de cultura e respeito pelo verdadeiro trabalho de quem faz por merecer.

por Beth Fallahi

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

domingo, 22 de julho de 2012

Dança do Ventre Vinhedo - Fallahi Belly Dance


O diferente está aqui
por Paula Fallahi


Outro dia, a supervisora do departamento onde trabalho perguntou há quanto tempo eu tinha uma escola de Dança do Ventre em Vinhedo. Quando respondi que nossa escola já tinha 13 anos de existência ela fez cara de choque. Não sei se pelo fato de manter qualquer negócio aberto em uma cidade como Vinhedo por mais de uma década ou pelo fato de simplesmente se tratar de... Dança do Ventre. Afinal, o que pode manter funcionando uma escola de Dança do Ventre por tantos anos?
Bom, certamente não é uma tarefa das mais fáceis. Embora tenhamos vivido situações que ninguém pode imaginar, sobrevivemos. Porém, creio que o nosso diferencial está em nossa maneira de lidar com Dança X Alunas.
Primeiro, nunca fazemos algo que não gostamos (ou que seja contra nossos princípios) só para promover nossa escola, nós ou nossas alunas. A dança evoluiu em técnica mas regrediu (e muito) no quesito personalidade; de 1999 a 2007, criamos grupos e montamos coreografias para as alunas se apresentarem em eventos importantes São Paulo afora, além dos nossos. Mas porque sabíamos que valeria a pena. Hoje, isso já não é mais possível: os eventos estão pavorosos, os concursos são na maioria das vezes uma grande furada, os preços estão pela hora da morte, as panelinhas viraram panelonas e 90 por cento das bailarinas sofrem de alguma afetação.
Outra coisa importante: não permitimos que nossas alunas gastem mais do que podem no curso. Essa história de obrigarem-nas a comprar mais de uma roupa por ano, pagar fortunas em véu de seda, adquirirem dezenas de instrumentos que elas não terão condições de utilizar corretamente em menos de três anos é uma ofensa à inteligência delas. E um abuso. Queremos (e precisamos) ganhar dinheiro, mas não às custas da inocência alheia.
Nunca expomos elas ou nossa escola ao ridículo: dançar de graça na praça, na festa do milho, no dia da comunidade ou em eventos populares divulga seu trabalho da pior forma possível. Um pai de uma aluna nos questionou se dançaríamos em um evento aberto aqui na cidade, evento esse que havia anunciado uma apresentação de Dança do Ventre. Respondemos que não, que isso certamente era coisa do Espaço Cultural da cidade, que ministra aulas de graça e faz as meninas pagarem micos homéricos perante a população. Ele fez cara de alívio e ainda complementou com um “ótimo, porque eu sei que vocês jamais se rebaixariam tanto”. Se ele, que é leigo, pensa dessa forma, que dirão os profissionais da área?
Tentamos fazer de nossa escola uma segunda casa para elas. Algumas vezes quebramos a cara por isso, mas na maioria dos casos funciona bem. Reunimos as meninas para beber, comer, bordar, curtir um filme. Tudo para que elas se sintam à vontade em um ambiente descontraído e sem frescuras. Perguntamos à elas o que elas gostam de dançar. Algumas gostam da dança, mas não se identificam com música árabe; por que não deixá-las dançarem o que desejam como complemento da aula? É um costume em inúmeras escolas de São Paulo, gostaria que aqui no interior as professoras também agissem dessa forma e abrissem a cabecinha para as novidades. Não dói, faz parte da evolução de nós todas como bailarinas.
Por fim, além dos eventos anuais (grandes ou pequenos), promovemos festinhas temáticas durante o ano, para as alunas descontraírem.
Somos difíceis, a gente sabe. Mas se fôssemos tão complicadas assim, nossa escola não estaria bombando de alunas (e alunos), não é?
Para quem estiver afim, propagandinha básica:
Aulas de dança do ventre em Vinhedo - SP
Fallahi Belly Dance - dança do ventre, fusão, estilo tribal e (claro) inglês com a teacher Katia Fallahi
e-meie-nos: fallahidv@yahoo.com.br

Bjunda!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dança do Ventre - Vinhedo - 2012

Quem gostaria de participar de uma festa onde haverá de tudo um pouco: Dança do Ventre, Dança Indiana, Bollywood, Estilo Tribal, Fusão, Moderna e tudo o mais?
Aguardem: em breve, no Fallahi Belly Dance
Com





Professora Elizabeth Fallahi




Professora Paula Fallahi









Professora Katia Fallahi

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Youtube e a DV



Recentemente andei acompanhando em alguns blogs depoimentos de bailarinas conhecidas em nosso meio e não pude deixar de notar como elas são claras a respeito da satisfação que sentem com o resultado de terem seus trabalhos expostos na internet através do Youtube.
Até certo ponto, não posso deixar de concordar; a internet, por enquanto, foi e é nosso melhor meio de propaganda de divulgação da escola. É rápido e atinge um número maior de pessoas.
No entanto, após muito blábláblá, é impossível não chegar  a conclusão de que certas coisas podem funcionar tanto para o bem quanto para o mal. Sejamos honestos: qualquer zé das couves pode colocar o que bem entende na rede graças a liberdade que ela proporciona ao internauta de publicar o seu “trabalho” ou aquilo que ele considera bom o suficiente (ou tosco o suficiente) para ser visto por número x de pessoas. Não existe critério algum de seleção, da mesma forma que o público leigo também não possui critérios culturais para distinguir o certo do errado.
E, claro, a Dança do Ventre não ficou fora disso.
No meio de coisas bacanas, encontramos uma enxurrada de porcaria, o que nos leva a crer que a ideia de que o youtube é um excelente veículo de divulgação (associada a falta de espelho em casa) leva muita gente a colocar na rede o que eu chamaria de “trash belly dance”. Porque não dá para encontrar outra expressão que defina tão bem o que ando vendo por aí: filme de terror daqueles B.
Percebo que certos “padrões de qualidade” em dança foram pro ralo: roupas que vieram de brinde no Kinder Ovo, péssima escolha de música, falta de conhecimento ritmico e técnico, entre tantas outras coisas explodem no Youtube na mesma velocidade com que bailarinas bacanas expõem seus trabalhos na net. E o que é pior: já vi inúmeros casos onde os vídeos ruins de chorar possuem um número maior de acessos do que vídeos de qualidade.
Para nós, profissionais, resta lamentar. Afinal, colocar “dança do ventre” como palavra-chave na pesquisa do google e dar de cara com a menina que se enrolou na cortina dançando na sala ou com a Shakira é realmente de doer.
E viva o Youtube!

Por Beth Fallahi

domingo, 20 de maio de 2012

Cansaço. Desgaste. Falta de criatividade. Inspiração zero.

Tem sempre um momento na vida de um artista em que ele se sente uma droga. E acho que este é o momento em que me encontro. 
Tudo bem. Acontece pelo menos uma vez ao ano. 
Acho que é excesso de trabalho. Coisas demais para fazer. Muitos projetos em andamento e outro tanto de problemas paralelos no âmbito pessoal. Um saco, não é mesmo?
Tenho milhares de ideias para roupas novas mas não tenho vontade de pegar numa agulha. Preciso preparar aulas diferentes para meus alunos de inglês e de dança mas só de pensar, fico cansada. Tenho que treinar para as próximas apresentações mas não aguento ouvir meia música de dança do ventre.
Alguém me dá vitamina?
E ainda pra piorar, tenho que lidar com gente que ainda acredita viver no século II antes de Cristo, tenha santa paciência!
Mas essa semana depois do meu aniversário, as coisas vão mudar. 
Vou tomar um chá de Ânimo e mandar à merda tudo o que há de ruim pairando sobre meus pensamentos.



domingo, 1 de abril de 2012

Dança do Ventre, Vinhedo, 2012 - Fora, puxas-saco!


Nós aqui do Fallahi estamos vacinadas contra puxas-saco de plantão.
Para começar, não tem como alguém puxar nosso saco: nós somos insuportáveis. E grossas. Quem topa ficar aqui conhece nosso jeito de trabalhar. Lamber nossa bunda só vei ter o efeito contrário.
Quem não gosta do nosso sistema e prefere ser tratada com mimos, sabe bem pra onde ir.
A história a seguir é verídica, aconteceu há alguns anos. Ela serve de alerta para todas as professoras de dança que têm uma pessoa assim em seu grupo.
 
           Um dia ingressa em sua escola uma menina. Assim, como tantas outras que já passaram pelo seu espaço. Ela se identifica de cara; você, já saca que ela não é normal. Mas até aí, quem é?
           Ela inicia as aulas de dança e em menos de uma semana você se torna a cobertura do bolo dela: ai, teacher, você é perfeita...ai, teacher, adoro sua escola... ai, teacher, vocês aqui do Fallahi são a melhor coisa que me aconteceu... ai, teacher, vocês são as melhores profissionais do mercado... ai, teacher, eu amo vocês! Impossível não sentir pena dela, a carência é notória.
           Ela, por sua vez muito esperta, aproveita-se de sua piedade e capricha na verborragia. Ou melhor, na “elogiorragia”. Difícil não se sentir desconfortável. É tanta lambeção de cu que só de andar a bunda escorrega. E em questão de meses, já dá quase para cagar as tripas.
           Você percebe, então, que toda aula é a mesma ladainha, a infeliz só falta se jogar debaixo de seus pés para você sapatear sobre ela. Ainda para piorar, a garota fala pelos cotovelos, te corta no meio de uma conversa, se faz de sonsa para você se apiedar. Chega a dar vergonha.
           O tempo vai passando e seu saco vai ficando cheio, cada vez mais cheio; você não entende qual é a dessa “uma”. A chatice vai te consumindo. Os elogios ultrapassam a linha do embaraçoso: é muito claro para você que aquilo tudo não é verdadeiro. Ela só quer te ganhar. Ela só quer você a ame. Porque, ao que parece, as pessoas não são capazes de amá-la.
           Passa um ano. Você sobreviveu a ela. Afinal, a desgraçada faz aula particular, você tem que aguentar a bajulação desenfreada téte a téte com a porra. Além de tudo, você é profissional, precisa ter ética. Não dá para chegar numa pessoa e dizer que ela é a única aluna entre tantas que você não consegue ter uma boa convivência porque ela te irrita a ponto de você desejar se enforcar num pé de salsinha.
           Mas chega o momento em que não é mais possível suportar. Você dá uma indireta, outra e mais outra. Ela não entende. E também não aprende. Será que um dia o básico egípcio dela vai sair sem que ela tropece nos próprios pés?
           Você se enche. Da puxa-saquice, da aula, dela. Ela não fala nada que se salve, não entende como andar para frente, quando você desiste de um movimento para ensinar um mais simples, ela chora. Vá se ferrar, pô! Não sou paga para ser terapeuta!
           As coisas começam a desandar. Você toma uma pinga para facilitar a digestão, porém, a aula não desce. Ela percebe sua impaciência. Mas vocês duas tentam. Você, porque ela é sua cliente. E principalmente, um ser humano. Ela, porque sabe que nenhuma outra trouxa irá aturá-la.
No entanto, quando o negócio já está a beira do precipício, a filha-da-puta aparece no dia do vencimento da mensalidade e diz que tá sem grana. Chora. Fala que a vida tá difícil. Coitada.
           Você fica fodida. Primeiro, porque contava com essa merreca que ela já te pagava chorando. Segundo, porque é uma tremenda sacanagem aguentar uma fulana tapada por tanto tempo para no fim das contas ELA decidir que não quer mais e sair falando para meio mundo que não estava satisfeita com o curso e meter a boca em você. Isso tudo depois de ter sugado ao máximo toda a sua energia a ponto de você rezar para que ela faltasse a cada dia de sua aula. Terceiro, por ela ter inventado uma desculpinha de merda para pular fora antes que você desse um pé na bunda dela.
           Mas nada como um dia após o outro. Já com a cabeça fria, você levanta as mãos para o céu. Afinal, finalmente se livrou daquele encosto maldito. Alunas muito mais bacanas e honestas apareceram depois e o dinheiro que você acreditou ter perdido com a saída dela quadruplicou com a entrada de outras. 
            Passam as estações e sua escola está uma beleza, repleta de gente que vale a pena. No fundo, você sabe que a fulana vai acabar ingressando em outra escola, feliz da vida, assim como esteve quando ingressou na sua. O jargão não sofrerá grandes alterações. “Teacher, você é linda. Teacher, você é foda. Teacher, você é ensina muito. Teacher, você é diferente de tudo o que eu já vi a nível de professora”
Você vai rir. Você vai chorar de rir. Você vai sofrer de rir. Alguma outra pobre coitada vai cair na armadilha dela, assim como você caiu. 
E então, quando isso acontecer, a você só restará dizer à sua ex-aluna: lambe, minha filha. Lambe bem. Só que sua futura professora vai se encher mais cedo ou mais tarde. E chegará o dia em que não vai haver uma alma nesse mundo disposta a reafirmar sua condição de ser diminuto.
Não. Ninguém merece.

Bjucus

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dança do Ventre, Vinhedo - 2012: existe vida civilizada no Belly Dance World



Sábado, dia 10 de Março, nós, professoras, três alunas e um aluno (meu irmão) fizemos um show no restaurante Al Maual, em São Paulo (para quem é de fora da cidade, esse é um restaurante tradicional árabe, ou seja: comida típica e dança, muita dança nos fins de semana), devidamente acompanhados de nosso agente e protetor e puxa-saco Paulinho. Como já é de costume, fomos em caravana, uma galera de mais ou menos 40 pessoas ( um bando de fallahi, literalmente! ) dentro de um busão saído do condado de Vinhedo rumo à zona urbana.


Nossa nova geração de alunas é realmente muito nova: a mais velha em questão de tempo de dança tem no máximo quatro anos e muitas delas nunca tiveram contato com a cultura árabe, assim, tão de perto. E ontem foi a primeira vez de praticamente todas ingressarem em mundo bem diferente do delas.
O povo do Al Maual (Darrel, marido, garçom, garçonete, Guilda e cia) é inacreditável, na real. Gente boa é pouco para o que eles são. Nos receberam de braços abertos, abriram o restaurante praticamente uma hora antes porque nós chegamos ultra adiantados (pra variar), tiveram uma paciência de Jó para aguentar nossas demências e atrapalhações e nos fizeram rir horrores com suas palhaçadas. O ambiente é tão absurdamente descontraído que eu tive a impressão de ter estado lá milhares de vezes, as alunas se sentiram em casa e  até eles ficaram muito à vontade com a gente. Saímos de lá felizões e realizadíssimos.
E eu cheguei a três conclusões após essa experiência.
A primeira delas é que a química verdadeira só acontece entre iguais, não adianta. A Darrel Nottari, bailarina responsável pelas danças no restaurante, pensa como nós em muitos aspectos, senão todos, no que diz respeito ao mundo Belly Dance. E o fato dela ser uma doida varrida assim como os membros de minha escola nos fez gostar dela logo de cara. Fia, você arrasou!
A segunda é que, definitivamente, um certo alguém que educou muito mal suas bailarinas disseminou um costume que não tenho a menor ideia de onde possa ter surgido: esse negócio de ficar escondida no camarim, aparecer para dançar linda e perfeita para depois sumir de novo. Whatafuck, meu? Toda vida minha escola trabalhou com a comunidade árabe e esse comportamento sempre foi reprovado por eles, especialmente entre libaneses. Perdi a conta de quanta vezes dançamos em casas de família onde éramos praticamente intimadas a sentar à mesa e jantar ou almoçar com eles, trajadas, sem abay ou veuzinho enrolado. No Al Maual, dançamos, passeamos entre as mesas, comemos e ninguém nos repreendeu nem repudiou nossa atitude. Foi tudo tão tranquilo que nossas meninas já contam os dias para voltar lá.
A terceira e a mais importante: não tem dinheiro nessa vida que pague o sentimento de felicidade ao dançar sem a preocupação de alguém te julgando. E posso dizer que há muito tempo eu não me sentia tão bem em um ambiente que não fosse minha escola. Foi tuuuudo de bom, gente!
Agradecemos à Darrel pela pessoa ótima e animadíssima que ela é, além de desde o começo ter dado toda atenção que nossa escola demandou.
E um super abraço para o maridão, Márcio (acertei?), que tem o shimie mais poderoso do século; para a Guilda, professora de lingua árabe que é, sem sombra de dúvidas, a figura mais figura que a gente já conheceu (meu irmão se divertiu muito com as fotos que ela postou no face!); para a garçonete fofa que não deixou faltar água para nóis; para o Paulo, bicho, o garçom ultra-master-mega gente fina que nunca sabia onde tinha ido parar nossa comanda e merece um prêmio por ter aguentado a atrapalhada-mor aqui!
Por último, um agradecimento especial às alunas que nos acompanharam. Essas malucas que aguentaram duas horas de busão em pleno sábado à noite, comeram comida bizarra e ainda tiveram que dançar no final. Bem-feito pra vocês.
Ah, e não posso deixar de mencionar o motorista do bus que deve estar rindo até hoje com o tombaço que minha mãe levou ao se levantar do banco do ônibus. Memorável!


terça-feira, 6 de março de 2012

Dança do ventre, Vinhedo, 2012 - Fallahi

Adulation, adulation, adulation...

     
Quanto mais eu fuço, mais sarna eu arrumo pra me coçar. Saudades daqueles dois anos que passei longe de uma tentação chamada internet... mas é que tem dia que de noite é foda!
E hoje, especialmente hoje,  preciso demonstrar  minha eterna insatisfação e constante desapontamento com as bajuladoras de plantão. Bailarinas profissionais e amadoras que confundem admiração e apreço pela qualidade artística com adulação desenfreada. Gente que assume lugar em meio à mediocridade ao colocar no pedestal fadas e ninfas criadas pela sua própria imaginação e alimentadas pela sua vassalagem.  Quanta pobreza de espírito, my Lord!
Gostaria muito, mas muito mesmo, que um dia todas as praticantes de Dança do Ventre deixassem de crer estar aquém de mulheres que foram endeusadas pelo povo (povo? Ou por nós, bailarinas?) porque, assim como a Mahavilhosa e a Ninfa, todas nós estudamos e ralamos feito camelas para conquistar um lugarzinho nesse mundeco.
Peço, encarecidamente, que antes de supervalorizar o trabalho alheio, megavalorize o seu, querida colega belly dancer. Lembre-se que muitas vezes a princesa que você deseja coroar rainha só vai descer do trono para receber o pagamento. Esquecer de sua existência, pobre plebeia, é fácil assim, ó.
E ainda ouso dizer: quanto mais alto você faz alguém subir, mais embaixo você fica. Considerando a máxima “ o sol brilha para todos “ (ai, como odeio frase feita!), colocar uma pessoa no pedestal é tirar de você mesma a chance de estar lá.
"Mas a desgramada é boa e os bons merecem ser reconhecidos!" Ahã, ahã, é você é o quê? Por que você "num" tá lá, então, com a bonita de adulando, levando-se em conta que existe a possibilidade de você ser tão boa quanto ela? 
Estar "ali", lado a lado com a sua "ídola" é, sobretudo, uma questão de esperteza e amor-próprio.
Quer um bom exemplo disso? Ao invés de contratar uma bailarina da moda para dar um workshop de Shaabi  para suas alunas, por quê você mesma não se especializa e oferece o curso em sua escola? 
Dê à seu trabalho a importância que ele merece. Os méritos sempre serão seus.
E antes que alguém diga que meu humor é péssimo ou que a dor-de-cotovelo me consome, saibam que sou uma profissional extremamente ciente de minha competência e de meu talento. Nunca precisei ter uma orla de súditos a meus pés para reafirmar uma necessidade infantil de ser a melhor no que faço.
Lamento o post azedo, mas tenho como obrigação de ser pensante alertar as novatas que cuidem para que a massa cinzenta a qual chamamos carinhosamente de cérebro não passe do estado sólido para o líquido.

PS: A Ninfa, a Mahavilhosa, a Deusa, a Incrível, e todas as outras cujos fãs apelidam carinhosamente, são eternas fontes de referência em meus estudos diários. 
Bailarinas. 
De carne e osso.
Deu para entender?

Bjunda 
Katia Fallahi

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Auto-propaganda



Imaginem a situação seguinte: você está lá, checando seus recados no Facebook e de repente, do lado direito da tela, figura um ser cheio de pose que o mundo nunca viu mais gorda, como sugestão de amizade. Você, um pouquinho familiarizada com a carinha da dita e curiosíssima, entra no perfil da beleza (que fez o favor de deixar tudo desbloqueadinho pra todo mundo xeretar, gracias) e decide fuçar em tudo. Afinal, ninguém é de ferro.
No álbum de fotos, a donzela que parece recém-saída do mundo das fadas, com os cabelos ao sabor do ventilador do estúdio, esbanja doses quase insuportáveis de alta auto-estima em 303 cliques diferentes. Ok. Até aí, que bailarina com o ego do tamanho do Maracanã nunca fez?
Então você entra no mural da fofa (por que a gente insiste em fazer algo tão inútil como bisbilhotar o mural alheio ainda me pergunto) e logo nota que a bailarina em questão é uma agenda ilustrada ambulante. De cima para baixo:
- Supershow com bailarina Flatula Khadufa e banda! Não perca! Bailarinas convidadas: Shamsa Raba e Jamonga Manceba! + foto se achando.
Outra, com o Daniel das Arábias de braços cruzados ao fundo + foto da bailarina se achando:
- Noite Árabe no restaurante Blah Ali! Bailarina convidada (que de convidada não tem nada, mais duzentas dividirão o palco com ela naquela noite): Flatula Khadufa!
Mais abaixo, a vigésima foto da Flatula Khadufa se achando.
Um pouco adiante, mais propagandinha:
- Festival de encerramento! Participação especial: Flatula Khadufa! + foto se achando.
Cansada de ver uma agenda, assim, tão cheia, você muda o foco e clica nas informações, onde dá de cara com um currículo de acabar com a Debora Colker: 245 workshops, 908 professoras estrangeiras, 123 brasileiras, passagens por escolas do mundo inteiro, 10 anos em Dubai, um mês no Cairo, almoço com a Raquia Hassan, jantar com a Nagwa Fouad.
Aí, você pensa: caramba, peraí! A mulher faz foto profissa, veste Simone Galassi, dança em tudo que é canto e eu tô aqui chupando o dedo? Preciso ver essa mulher dançando, pelamordedeus! Ela deve ser um fenômeno!
Em menos de dois segundos (no caso de minha internet, três dias depois), você vai lá no Vocêtubo e procura a pessoa, afinal, se ela faz 55  shows por mês, tem um currículo de chorar e o mundo todo mundo quer a super dancer em seu evento, a única coisa que um ser racional pode pensar é que ela está realmente podendo como bailarina!
Um clique no Vocêtubo e logo (ou nem tanto) aparecem cinco zilhares de videos. Você, de tão perturbed com a imensa gama de informações, vai clicando naquilo que realmente te interessa: a interpretação da moça em músicas clássicas. Normalmente eu assisto a um ou dois videos por bailarina, e a partir daí, das duas uma: ou vou querer assistir mais dez vezes, ou vou parar na metade do segundo. No meu caso, especificamente, dei um stop bonito na metade do segundo porque não fui capaz de dar continuidade à sessão tortura. De verdade. A mulher era, no mínimo, um protótipo de tentativa de bailarina.
Quase caí de decepção e por pouco não me matei com tamanha perda de meu precioso tempo.
Então, fiquei me perguntando: pra que tanto barulho? Ninguém é trouxa. Bailarina de dança do ventre que está no mercado trabalhando há no mínimo cinco anos sabe que para dançar em qualquer restaurante, em qualquer show, em qualquer evento de dança, em festas de fim de ano, ao som de bandas mil, ou no leste da Indonésia, ter talento não é primordial. Basta dar uma olhadela nas bailarinas estrangeiras que estão nos Emirados. Tem gente assim assim, tem bailarina de quinta, tem bellydancers de cair o queixo. E tem gente ruim pra carvalho! Um corpinho bonitinho ou um dindinzinho ou saber se relacionar com as pessoas que fazem parte desse mundo (as pessoas certas) ou, na pior das hipóteses, oferecer-se gratuitamente no bar da esquina fazem de qualquer amadora a deusa da dança. Não exatamente para os outros, mas para ela mesma.
Pra quê, minha gente, fazer de conta que o mundo te adora e que você é a bailarina do século? Aff... 
E vou dizer uma coisa: pior do que um rascunho de bailarina que adora fazer uma propaganda enganosa, é aquela pobre infeliz da esquina que se coloca num pedestal mesmo tendo consciência plena de que precisaria de no mínimo mais cinco anos para chegar no dedo mindinho da dita cuja de minha história. Afinal, talento fala por si: quem tem, não precisa de tanto marketing pra enganar o povão e será reconhecido por quem realmente interessa!
Jesus...



Bjunda na bunda.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Entre ser bailarina ou virar estrela


“Tia, quero dançar no Mercado Persa, quero ser bailarina KK, quero ir pra Dubai, quero ser profissional, quero ser a Dina (saura. Desculpem, é que só de mencionar o nome dessa criatura já me dói na alma)!”
Ok, minha filha, beleza. A pergunta é: você quer ser bailarina ou virar estrela?
Se sua opção for a primeira, vamos lá, entonces.
Primeiro, antes de querer alguma coisa, uma candidata a bailarina que vai trabalhar com dança e quiçá viver dela precisa “ser” alguma coisa. De verdade, porque de pseudo-profissional sem-noção e com o ego hiperinflado, o mundo está abarrotado.
Então, ela deve procurar uma boa professora de dança do ventre que, de preferência, esteja atuando no mercado há no mínimo uns dez anos (pois creio eu que, a esta altura, a profissional escolhida já tenha adquirido respeito por si mesma, pelos outros e pela arte), e ver se é isso mesmo o que quer.
Se o caminho for este, nossa candidata deve se preparar para trilhá-lo com cautela, porque ele é longo e cheio de armadilhas. 


Dois ou três anos, às vezes mais, são necessários para uma aluna que  realmente se dedica criar verdadeira intimidade com a dança. A partir daí, ela deve começar a estudar. E muito! Todos os estilos, cada um deles com muita atenção. Precisa conhecer os objetos utilizados na dança e instrumentos que fazem parte de uma orquestra árabe, além de ouvir muita música e exercitar o cérebro para o reconhecimento dos infindáveis ritmos musicais. Tem que compreender que para cada estilo existe um ritmo, para cada passo existe um instrumento, para cada música há uma interpretação. É necessário que ela inteire-se acerca da história da dança e de todos os aspectos políticos, sociais, culturais e religiosos em torno do assunto, porque shimie todo mundo faz, a razão pela qual ele existe ninguém quer saber.
Uma candidata a “pro”, deve assistir vídeo atrás de vídeo, ir a shows, participar de eventos, conversar com bailarinas, trocar ideias com músicos ou pessoas envolvidas com a dança, escolher workshops a dedo ( a maioria não presta, muitas “profissionais” ganham fortunas em cima da ingenuidade e deslumbramento alheio). Tem que deixar a preguiça de lado e aprender a confeccionar seus próprios trajes para valorizar o trabalho das bordadeiras que detonam a coluna para transformar a gata borralheira em princesa (às vezes, nem com milagre elas conseguem!).
A futura profissional deve entender que cada bailarina tem um estilo e que precisa respeitá-lo: não é porque a neguinha não faz arabesque que ela é desatualizada. Mas ao mesmo tempo, tem que abrir a cabeça e ir atrás das novidades, porém, aprendendo a diferenciar o que é bom do que é ruim.  Ela não pode ter preconceitos (menino também pode dançar, ok? Essa história de que homem não tem ventre é uma estupidez e a dança que chamamos de “do ventre” não tem este nome nem aqui nem nas Arábias...).
Agora, se nossa candidata quiser virar “estrela”, ela nem vai precisar fazer muito esforço. Pressupõe-se que pelo simples fato de ela ter esta pretensão, o ego dela já está inflado o suficiente para fazê-la subir ao céus e se perder no infinito!

Bjucu

domingo, 5 de fevereiro de 2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Dança do Ventre em Vinhedo

Fallahi Belly Dance
A única escola especializada em Dança do Ventre na cidade de Vinhedo


Matrículas abertas
Aulas de Segunda à Sabado a partir das 7:30 da manhã
Make-up para dança
Atelier
Curso de confecção de trajes para Dança do Ventre
Shows com as melhores bailarinas
Novidade: aulas particulares de Inglês. Valores especiais para alunas
Informações: fallahidv@yahoo.com.br - tratar com Katia Fallahi
paulo_agencia01@yahoo.com.br - tratar com Paulo Mattos