A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uma história de outrora - Parte 4

Paralelamente às aulas, as duas garotas frequentaram por um longo período as famosas apresentações de dança no reino Canecah e acabaram indiretamente envolvidas nesse mundo no qual muitas praticantes do Raks do Leste da Indonésia gostariam de estar. Descobriram, por exemplo, que não é exatamente os pés da Lilih que aspirantes a sacerdotisas da Canecah devem beijar se desejarem fazer parte da classe nobre dessa bolha. Primeiro porque, ao contrário do que imaginavam, a Lilih sabe muito bem que as mesmas pessoas que beijam seus pés hoje podem chutar-lhe o traseiro amanhã. Segundo, há muito tempo Lilih não tem mais o direito de escolher as sacerdotisas que deseja exibir ao povo nas mil e uma noites do reino Canecah.

As sacerdotisas que tem o direito de mostrar a arte do Raks do Leste da Indonésia para aqueles que frequentam o reino Canecah são razoavelmente numerosas e podem ser substituídas de tempos em tempos. Ouve-se em outros reinos que um dos requisitos básicos para tornar-se uma sacerdotisa Canecah é saber executar a dança sagrada muito bem, com a elegância e a classe que ela exige de suas praticantes. Bem, há controvérsias…

O fato é que as moças depararam-se com tipos muito diferentes de sacerdotisas. As mais velhas e experientes costumavam exibir performances de cair o queixo. As mais jovens, no entanto, preocupavam-se em mostrar tudo aquilo que aprenderam ao longo de seus estudos, esquecendo-se de que a essência é a verdadeira “alma do negócio”. Algumas caprichavam na “embalagem”; outras preferiam dar mais atenção àquilo que iriam dizer a seu público através de movimentos. Ainda assim, as vezes, assisti-las era como ver um vÌdeo de seu cantor preferido trinta vezes seguidas. A primeira é empolgante. Mas uma hora dá no saco.

As duas meninas perceberam que a palavra “diferente” não constava no vocabulário do reino da Lilih.

Continua…