A mais tradicional escola de Dança do Ventre da região de Campinas

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Entre ser bailarina ou virar estrela


“Tia, quero dançar no Mercado Persa, quero ser bailarina KK, quero ir pra Dubai, quero ser profissional, quero ser a Dina (saura. Desculpem, é que só de mencionar o nome dessa criatura já me dói na alma)!”
Ok, minha filha, beleza. A pergunta é: você quer ser bailarina ou virar estrela?
Se sua opção for a primeira, vamos lá, entonces.
Primeiro, antes de querer alguma coisa, uma candidata a bailarina que vai trabalhar com dança e quiçá viver dela precisa “ser” alguma coisa. De verdade, porque de pseudo-profissional sem-noção e com o ego hiperinflado, o mundo está abarrotado.
Então, ela deve procurar uma boa professora de dança do ventre que, de preferência, esteja atuando no mercado há no mínimo uns dez anos (pois creio eu que, a esta altura, a profissional escolhida já tenha adquirido respeito por si mesma, pelos outros e pela arte), e ver se é isso mesmo o que quer.
Se o caminho for este, nossa candidata deve se preparar para trilhá-lo com cautela, porque ele é longo e cheio de armadilhas. 


Dois ou três anos, às vezes mais, são necessários para uma aluna que  realmente se dedica criar verdadeira intimidade com a dança. A partir daí, ela deve começar a estudar. E muito! Todos os estilos, cada um deles com muita atenção. Precisa conhecer os objetos utilizados na dança e instrumentos que fazem parte de uma orquestra árabe, além de ouvir muita música e exercitar o cérebro para o reconhecimento dos infindáveis ritmos musicais. Tem que compreender que para cada estilo existe um ritmo, para cada passo existe um instrumento, para cada música há uma interpretação. É necessário que ela inteire-se acerca da história da dança e de todos os aspectos políticos, sociais, culturais e religiosos em torno do assunto, porque shimie todo mundo faz, a razão pela qual ele existe ninguém quer saber.
Uma candidata a “pro”, deve assistir vídeo atrás de vídeo, ir a shows, participar de eventos, conversar com bailarinas, trocar ideias com músicos ou pessoas envolvidas com a dança, escolher workshops a dedo ( a maioria não presta, muitas “profissionais” ganham fortunas em cima da ingenuidade e deslumbramento alheio). Tem que deixar a preguiça de lado e aprender a confeccionar seus próprios trajes para valorizar o trabalho das bordadeiras que detonam a coluna para transformar a gata borralheira em princesa (às vezes, nem com milagre elas conseguem!).
A futura profissional deve entender que cada bailarina tem um estilo e que precisa respeitá-lo: não é porque a neguinha não faz arabesque que ela é desatualizada. Mas ao mesmo tempo, tem que abrir a cabeça e ir atrás das novidades, porém, aprendendo a diferenciar o que é bom do que é ruim.  Ela não pode ter preconceitos (menino também pode dançar, ok? Essa história de que homem não tem ventre é uma estupidez e a dança que chamamos de “do ventre” não tem este nome nem aqui nem nas Arábias...).
Agora, se nossa candidata quiser virar “estrela”, ela nem vai precisar fazer muito esforço. Pressupõe-se que pelo simples fato de ela ter esta pretensão, o ego dela já está inflado o suficiente para fazê-la subir ao céus e se perder no infinito!

Bjucu

Um comentário:

  1. Gente, desculpe, agora, depois de alguma reclamações, fui ver que eu tinha fechado os comentários para esse assunto! Sorry!

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