“A beleza está nos olhos de quem vê”
A dança do ventre sem requinte pode
gerar preconceito, mas a dança com arte, não. Com abordagem errada, um
único programa de TV pode mudar ou influenciar a opinião de seus
telespectadores. Ângulos errados, proximidade excessiva da bailarina,
perguntas capciosas, tudo contribui para o preconceito.
Da mesma forma, o desconhecimento, a ingenuidade, o exibicionismo e o despreparo da bailarina ajudam na confusão de valores. E esse mesmo preconceito também é produzido “dentro” da própria dança do ventre. Porém, existem meios de, em longo prazo, mudar este perfil.
Da mesma forma, o desconhecimento, a ingenuidade, o exibicionismo e o despreparo da bailarina ajudam na confusão de valores. E esse mesmo preconceito também é produzido “dentro” da própria dança do ventre. Porém, existem meios de, em longo prazo, mudar este perfil.
“Arte” é tudo aquilo que nos causa algum
tipo de emoção. O que diferencia uma arte de algo inexpressivo é o
talento e o envolvimento do artista. É a energia que emana da sua ação,
da sua prática e de seu movimento. Quem interpreta é o responsável pelo
resultado.
Em todas as áreas existem artistas que acreditam produzir arte, mas a realidade nem sempre é esta. Os que tocam nosso sentimento são os verdadeiros artistas. Eles têm uma “fórmula” que é o resultado de seu sucesso:
Em todas as áreas existem artistas que acreditam produzir arte, mas a realidade nem sempre é esta. Os que tocam nosso sentimento são os verdadeiros artistas. Eles têm uma “fórmula” que é o resultado de seu sucesso:
CONHECIMENTO + TALENTO + ENVOLVIMENTO + CRIATIVIDADE + EMOÇÃO = ARTE
Se você prestar atenção ao dia a dia,
terá a oportunidade de ver mais coisas belas e conviver mais com a arte.
Podemos dizer que “arte” é um conceito subjetivo, depende da visão de
cada um. O que para alguns é belo, para outros talvez não seja tão belo
assim e, claro, não causa o devido encantamento.
Embora a arte possa advir do íntimo do ser humano, há uma arte universal: é aquela que encanta a todos independentemente da localização geográfica em nosso planeta. Assim como a música, o canto, o cinema, a dança, seja ela qual for, tem este perfil universal. Ela nos causa uma sensação, resta apenas definir o quanto ela revolve nosso interior.
A dança do ventre no Brasil começou nos anos 70 em alguns restaurantes árabes. Era restrita apenas à colônia árabe. Em 1983, as bailarinas desses restaurantes árabes começaram a se apresentar também na Khan el Khalili. Por ser um ambiente mais eclético e não apenas destinado à colônia árabe, a Khan el Khalili popularizou a dança do ventre, tornando-a acessível aos brasileiros.
Na década de 1980, não havia um referencial para o público comparar. Era uma arte inédita que mexia com o emocional das pessoas. Com o passar do tempo, alguns talentos começaram a surgir, com mais conhecimentos, envolvimento e criatividade. O que começou simples tornou-se melhor, mais aperfeiçoado e o padrão de exigência para as sensações evocadas mudaram.
Por volta de 1985, a Casa de Chá se empenhou em desenvolver no mercado o que se intitularia de “A Arte da Dança do Ventre”. A partir daí, a Khan el Khalili instituiu um referencial para a dança do ventre como arte.
Desde então, três décadas se passaram e algo permaneceu no ar: a vulgaridade com que encaravam a dança. Essa postura refletia (e reflete) diretamente no respeito que as pessoas deveriam ter por esta arte e por quem a interpreta.
Infelizmente, os meios de comunicação optam por explorar o corpo feminino. Tendo como objetivo o apelo mercadológico dessas mídias, muitas bailarinas se deixaram levar pelo desejo de fama e se expuseram (e continuam se expondo) de forma ambígua.
Elas se esqueceram que existe uma condição básica: “ninguém respeita algo que não é bem feito ou apresenta traços de amadorismo”. Uma dança amadora disfarçada de “encantadora” não convence o grande público. Produzir o encanto está além disso. É preciso mais.
Nesse sentido, ganhar credibilidade com dança do ventre se tornou uma premissa para poucas, que se opõem à postura daquelas que se apresentam sem ter o devido conhecimento, envolvimento, talento, criatividade e, pasmem, repertório de movimentos.
Uma bela dança é apresentada com naturalidade, como se fizesse parte da essência da dançarina. Executar profissionalmente a dança do ventre requer uma responsabilidade imensa, porque se a bailarina não detiver qualquer uma das quatro características mencionadas acima, o que era para ser arte torna-se uma “dança cabaré”, destituída de respeito.
O preconceito chega rápido quando a vulgaridade beira o sensacionalismo barato. Em outras palavras, o que é mal feito direciona as opiniões para caminhos diversos da arte.
Em todos os ramos existem duas vertentes: a embusteira e a artística. Uma realiza suas atividades com arte, a outra “tapeia”. É absurda a desproporção entre uma e outra.
O embusteiro, além de não convencer, perverte e desilude aqueles que acreditam. Ele desconhece a equação conhecimento + talento + envolvimento + criatividade + emoção = arte. No lugar desta fórmula, aplica:
Embora a arte possa advir do íntimo do ser humano, há uma arte universal: é aquela que encanta a todos independentemente da localização geográfica em nosso planeta. Assim como a música, o canto, o cinema, a dança, seja ela qual for, tem este perfil universal. Ela nos causa uma sensação, resta apenas definir o quanto ela revolve nosso interior.
A dança do ventre no Brasil começou nos anos 70 em alguns restaurantes árabes. Era restrita apenas à colônia árabe. Em 1983, as bailarinas desses restaurantes árabes começaram a se apresentar também na Khan el Khalili. Por ser um ambiente mais eclético e não apenas destinado à colônia árabe, a Khan el Khalili popularizou a dança do ventre, tornando-a acessível aos brasileiros.
Na década de 1980, não havia um referencial para o público comparar. Era uma arte inédita que mexia com o emocional das pessoas. Com o passar do tempo, alguns talentos começaram a surgir, com mais conhecimentos, envolvimento e criatividade. O que começou simples tornou-se melhor, mais aperfeiçoado e o padrão de exigência para as sensações evocadas mudaram.
Por volta de 1985, a Casa de Chá se empenhou em desenvolver no mercado o que se intitularia de “A Arte da Dança do Ventre”. A partir daí, a Khan el Khalili instituiu um referencial para a dança do ventre como arte.
Desde então, três décadas se passaram e algo permaneceu no ar: a vulgaridade com que encaravam a dança. Essa postura refletia (e reflete) diretamente no respeito que as pessoas deveriam ter por esta arte e por quem a interpreta.
Infelizmente, os meios de comunicação optam por explorar o corpo feminino. Tendo como objetivo o apelo mercadológico dessas mídias, muitas bailarinas se deixaram levar pelo desejo de fama e se expuseram (e continuam se expondo) de forma ambígua.
Elas se esqueceram que existe uma condição básica: “ninguém respeita algo que não é bem feito ou apresenta traços de amadorismo”. Uma dança amadora disfarçada de “encantadora” não convence o grande público. Produzir o encanto está além disso. É preciso mais.
Nesse sentido, ganhar credibilidade com dança do ventre se tornou uma premissa para poucas, que se opõem à postura daquelas que se apresentam sem ter o devido conhecimento, envolvimento, talento, criatividade e, pasmem, repertório de movimentos.
Uma bela dança é apresentada com naturalidade, como se fizesse parte da essência da dançarina. Executar profissionalmente a dança do ventre requer uma responsabilidade imensa, porque se a bailarina não detiver qualquer uma das quatro características mencionadas acima, o que era para ser arte torna-se uma “dança cabaré”, destituída de respeito.
O preconceito chega rápido quando a vulgaridade beira o sensacionalismo barato. Em outras palavras, o que é mal feito direciona as opiniões para caminhos diversos da arte.
Em todos os ramos existem duas vertentes: a embusteira e a artística. Uma realiza suas atividades com arte, a outra “tapeia”. É absurda a desproporção entre uma e outra.
O embusteiro, além de não convencer, perverte e desilude aqueles que acreditam. Ele desconhece a equação conhecimento + talento + envolvimento + criatividade + emoção = arte. No lugar desta fórmula, aplica:
CONHECIMENTO VAGO + TALENTO MÍNIMO + NÃO ENVOLVIMENTO + CRIATIVIDADE + LIVRE DE EMOÇÃO NO QUE FAZ = EMBUSTE
Muita gente gostaria de fazer alguma
atividade, mas não tem o menor talento para a área escolhida. Às vezes
tem recursos, mas não tem talento. Quando vê que não consegue chegar num
padrão aceitável, simplesmente nivela por baixo, fazendo algo simplório
e inexpressivo, algo que não convence, mas se compensar
financeiramente, a pessoa vai continuar seu embuste.
Na música, no teatro, na TV, no cinema, nos esportes, os embusteiros se mantêm por pouco tempo. São promessas que não deram certo, que não corresponderam às expectativas de fazer arte. Na verdade, eles aprenderam e se desenvolveram pouco e, mesmo assim, lançaram-se ao mercado sem o devido preparo e colheram os resultados da tapeação que criaram.
Voltando à questão da dança do ventre, quando é que teremos arte e quando poderemos nos apresentar para isso? Quando a minha dança deixa de ser algo inexpressivo para se tornar algo encantador?
Tudo começa pela facilidade com que você lida com a “naturalidade” pessoal, livre de esforços, com uma atração magnânima, onde tudo se harmoniza com requinte. O movimento passa a ser um prolongamento da sua atitude. Ele é tão disciplinado que acontece de forma saborosa e inconsciente. O belo se alia ao deleite, ao prazer de apreciar algo que nos fornece uma relação de leveza quase extracorpórea. Uma sensação de alegria interna com toques de novidade. O talento impressiona e, quando em contato com o público, liberta. A entrega aproxima você das pessoas, sua criatividade fascina até aqueles que já acham que viram tudo. Sua emoção contagia. Tudo isso traduz sua arte.
Mas a arte não é completa sem o conhecimento. Este é muito mais abrangente, pois não se trata apenas do conhecimento da própria arte, mas de tudo o que leva a ela.
Não basta aprender movimentos e técnica, não basta um belo corpo desproporcional na sua forma de se movimentar, não basta o querer, é necessário conhecer e treinar a fluência das emoções, da criatividade, para que o talento possa desabrochar.
“A Arte da Dança do Ventre” é muito mais que um bordão. É uma missão de quem abraça a dança para mostrá-la ao público. O respeito pela arte começa justamente na equação:
Na música, no teatro, na TV, no cinema, nos esportes, os embusteiros se mantêm por pouco tempo. São promessas que não deram certo, que não corresponderam às expectativas de fazer arte. Na verdade, eles aprenderam e se desenvolveram pouco e, mesmo assim, lançaram-se ao mercado sem o devido preparo e colheram os resultados da tapeação que criaram.
Voltando à questão da dança do ventre, quando é que teremos arte e quando poderemos nos apresentar para isso? Quando a minha dança deixa de ser algo inexpressivo para se tornar algo encantador?
Tudo começa pela facilidade com que você lida com a “naturalidade” pessoal, livre de esforços, com uma atração magnânima, onde tudo se harmoniza com requinte. O movimento passa a ser um prolongamento da sua atitude. Ele é tão disciplinado que acontece de forma saborosa e inconsciente. O belo se alia ao deleite, ao prazer de apreciar algo que nos fornece uma relação de leveza quase extracorpórea. Uma sensação de alegria interna com toques de novidade. O talento impressiona e, quando em contato com o público, liberta. A entrega aproxima você das pessoas, sua criatividade fascina até aqueles que já acham que viram tudo. Sua emoção contagia. Tudo isso traduz sua arte.
Mas a arte não é completa sem o conhecimento. Este é muito mais abrangente, pois não se trata apenas do conhecimento da própria arte, mas de tudo o que leva a ela.
Não basta aprender movimentos e técnica, não basta um belo corpo desproporcional na sua forma de se movimentar, não basta o querer, é necessário conhecer e treinar a fluência das emoções, da criatividade, para que o talento possa desabrochar.
“A Arte da Dança do Ventre” é muito mais que um bordão. É uma missão de quem abraça a dança para mostrá-la ao público. O respeito pela arte começa justamente na equação:
Conhecimento + talento + envolvimento + criatividade + emoção = arte
Muitas bailarinas não deram certo porque
tentaram uma fórmula. Achavam que um pouco de técnica e um belo visual
eram o suficiente. Acreditar que apenas o lado estético é fundamental
amplia imediatamente a possibilidade de gerar mais preconceito.
Há mais de 30 anos as pessoas assistem a danças na Khan el Khalili e se encantam. O que existe na KK é uma devoção à beleza e à feminilidade. Busca-se a harmonia de movimentos e sentimentos, a naturalidade e o fascínio. Para isso, existe uma atmosfera ideal, o respeito e a alegria de receber com bons olhos a graciosidade livre de impressões incertas ou do ciúme doentio. O resultado disso é arte: uma arte que evoca diversos tipos de emoções, exatamente como deveria ser.
Optar por uma das vertentes, a embusteira ou a artífice, é uma decisão séria. É uma decisão de vida.
Há mais de 30 anos as pessoas assistem a danças na Khan el Khalili e se encantam. O que existe na KK é uma devoção à beleza e à feminilidade. Busca-se a harmonia de movimentos e sentimentos, a naturalidade e o fascínio. Para isso, existe uma atmosfera ideal, o respeito e a alegria de receber com bons olhos a graciosidade livre de impressões incertas ou do ciúme doentio. O resultado disso é arte: uma arte que evoca diversos tipos de emoções, exatamente como deveria ser.
Optar por uma das vertentes, a embusteira ou a artífice, é uma decisão séria. É uma decisão de vida.
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